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CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA FLUP 25

  • Foto do escritor: Flup Festa Literária
    Flup Festa Literária
  • há 17 horas
  • 19 min de leitura

Atualizado: há 31 minutos

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19 A 23 DE NOVEMBRO


VIADUTO DE MADUREIRA


Dia 19/11 (Quarta-feira)


18h30-19h30| Viaduto de Madureira

Abertura Institucional


A Flup encontra os parceiros que acreditam em Ideias para Encantar o Mundo e tornam possível essa grande festa.


20h-21h20| Viaduto de Madureira

O SONHO DE NOSSOS HERÓIS, QUE PRECISAMOS MANTER VIVO

Conceição Evaristo e Mireille Fanon

Mediação: Malcolm Ferdinand / Mame-Fatou Niang


Às vésperas do Dia da Consciência Negra, a mesa de abertura da Flup 25 reúne a força literária da Escrevivência de Conceição Evaristo e a lucidez política de Mireille Fanon. Será um encontro histórico: a filha de Frantz Fanon, um herói internacional do sonho de liberdade, e a escritora homenageada do festival, que, como Zumbi dos Palmares, mantém vivo o brilho das ideias que reencantam o mundo. Elas celebram os heróis que nos inspiram a sonhar e a resistir, conectando as lutas do Brasil e do Caribe e honrando os lugares de onde brotam novas formas de bem viver. A conversa vai explorar o poder transformador de conhecer nosso passado e honrar a memória daqueles que vieram antes de nós.


22h30-23h30| Viaduto de Madureira

Jonathan Ferr e Trio de Cordas


Jonathan Ferr é um pianista e compositor nascido e criado em Madureira que ficou conhecido por criar o "urban jazz", um gênero que funde jazz com outros estilos musicais, como o hip-hop, funk carioca, rap, soul e música eletrônica. Seu trabalho busca desmistificar a imagem elitista do jazz e aproximá-lo das origens populares, abordando ancestralidade, espiritualidade e questões sociais. É reconhecido como um dos principais nomes do afrofuturismo brasileiro.


Dia 20/11 (Quinta-feira)


14h-15h30| Viaduto de Madureira | Parceria | Monde En Vues

O CORPO QUE DANÇA OUTRO TEMPO

Lena Blou e Leda Maria Martins

Mediação: Carmen Luz


A coreógrafa caribenha Lena Blou, de Guadalupe, e a pensadora brasileira Leda Maria Martins se encontram para revelar como a dança e os saberes do corpo criam mundos inteiros fora do tempo linear. Nesta conversa, elas mostram que os passos, os ritmos e os gestos ancestrais são formas de rebeldia no tempo e no espaço, uma verdadeira revolução que chamam de "cronodissidência" e “revolta espacial”. Elas vão nos guiar por uma jornada onde a dança de matriz africana desarruma as certezas ocidentais e inventa novas linguagens para conectar o que vemos e o que sentimos, o corpo e o espírito. Uma mesa para entender como o corpo negro, em movimento, é um portal para outras dimensões de existência e resistência. Vamos descobrir com elas como a dança é muito mais que movimento: é uma forma de conhecimento espiritual e político, que conecta o visível e o invisível.


16h-17h30| Viaduto de Madureira

IDEIAS PARA REENCANTAR O MUNDO

Conceição Evaristo e Bonaventure Ndikung

Mediador: Silvana Bahia


Num mundo assombrado pelo horror da guerra, pelo avanço do conservadorismo e pela crise ambiental, ainda é possível manter a esperança? Este encontro propõe um contraponto radical à desesperança. A força literária da escrevivência de Conceição Evaristo encontra o pensamento curatorial de hospitalidade radical de Bonaventure Ndikung. Juntos, eles partem de uma pergunta urgente e prática: como a arte, a literatura e o pensamento crítico podem reacender uma esperança ativa? “Reencantar o mundo” não é uma fuga da realidade. É um ato de resistência. É buscar no colo da ancestralidade, nas ruínas do presente e na ousadia da arte as ferramentas para não apenas suportar o mundo, mas para transformá-lo. Uma conversa para reencontrar a magia e a potência que habitam no próprio ato de lutar por um futuro mais justo.


18h-19h30| Viaduto de Madureira | Parceria | Etonnants Voyageurs

BECO DA MEMÓRIA, MANGUE DO FUTURO

Ana Maria Gonçalves e Felwine Sarr

Mediação: Ernesto Mané


A escritora Ana Maria Gonçalves e o pensador-músico Felwine Sarr se encontram no "Beco da Memória" para construir pontes entre Brasil e Senegal. Nesta conversa, eles mostram como a memória não é um arquivo parado, mas um terreno fértil para semear futuros de reencantamento. Conceitos como Escrevivência e sentipensar guiam essa jornada, revelando como a reconexão com histórias apagadas nos permite reinventar comunidades, nosso vínculo com a natureza e o próprio tempo. Eles partem de um pressuposto urgente: o futuro do planeta está na África, continente da população mais jovem. Nesse sentido, revisitar e reivindicar o passado não é um ato nostálgico, mas um gesto radical de invenção do amanhã. Uma mesa para descobrir como as ferramentas para o futuro estão guardadas nas nossas memórias.


20h-21h30| Viaduto de Madureira | Parceria | Open Society

O ALVO DE SEMPRE

Raull Santiago entrevista Michelle Alexander


A qualquer momento, um jovem negro na rua pode ser preso só pelo fato de existir. A premiada autora Michelle Alexander, com seu livro fundamental “A Nova segregação”, não só previu essa realidade nos EUA, mas detectou uma onda de encarceramento em massa que se atualiza pelo mundo e assusta em seus números: hoje, há mais gente presa nos Estados Unidos, por exemplo, do que pessoas escravizadas antes da abolição. Nesta conversa urgente, Michelle Alexander reflete sobre seu trabalho pioneiro e seus ecos no Brasil. Ela mostra como o sistema prisional é a continuação de uma lógica histórica, operando como uma ferramenta de controle social com impacto devastador sobre as populações negras e indígenas. Mas a conversa não para na denúncia: Alexander também aponta caminhos de resistência, oferecendo ferramentas para desafiar as políticas racistas e imaginar futuros mais justos em todo o continente americano.


00h-1h30| Viaduto de Madureira

Mano Brown


Mano Brown é rapper, compositor e um dos integrantes do grupo Racionais MC’s. O artista nascido no Capão Redondo (SP) é referência da música brasileira por abordar desigualdade social e a vida nas periferias. Além do Racionais, lançou o álbum solo Boogie Naipe (2016) e mantém presença ativa na cultura e no debate social. Em 2021, iniciou o podcast Mano a Mano no Spotify, onde entrevista diversas personalidades e discute temas como música, política, cultura e questões sociais.


Dia 21/11 (Sexta-feira)


14h-15h30| Viaduto de Madureira | Parceria | Arquipélago Glissant

REDESENHANDO IMAGINÁRIOS: VOZES POÉTICAS DO PACÍFICO AO ATLÂNTICO

Denis Pourawa, Ryane Leão e Eliane Marques

Mediação: Genesis


Quem são as pessoas que estão redesenhando o nosso imaginário? Nesta mesa, as poetas brasileiras Ryane Leão e Eliane Marques, e o poeta Denis Pourawa, da Nova Caledônia, respondem a essa pergunta. Entre os oceanos atlântico e pacífico, eles mostram que há outra imaginação vinda das margens, e suas ferramentas são a oralidade e a força das palavras. Esta conversa é uma viagem pela potência das vozes que o mundo tenta calar. Eles nos guiam por formas inovadoras de contar histórias, pensar e criar laços através do espaço e do tempo. Venha se reencantar com o poder transformador da poesia para construir pontes e inspirar uma nova imaginação coletiva.


16h-17h30| Viaduto de Madureira | Parceria | Arquipélago Glissant

NO OLHAR, NO CHEIRO, NO CORPO: COMO SABEMOS O QUE SABEMOS?

Manthia Diawara e Anne Lafont

Mediação: Angélica Ferrarez


E se o conhecimento não estiver só na mente, mas também no olhar, no cheiro, no corpo? Neste encontro, os historiadores da arte Manthia Diawara (Mali) e Anne Lafont (França) nos guiam em uma reflexão urgente: como as lentes que usamos para enxergar o mundo determinam o que somos capazes de ver. Como especialistas da imagem, eles nos convidam a uma revolução sensorial: abraçar novos jeitos de ver, cheirar e experimentar a realidade. A proposta é afiar nossos sentidos para, finalmente, enxergar o que sempre esteve escondido diante de nós. Uma conversa para quem quer repensar a própria percepção e descobrir novas formas de se relacionar com tudo ao redor.


17h30-18h| Viaduto de Madureira

Performance Olinda Tupinamba


18h30-20h| Viaduto de Madureira | Parceria | Arquipélago Glissant

O FUTURO TEM VOZ DE MULHER NEGRA

Nadia Yala Kisukidi e Alex Ratts

Mediação: Alice Hasters


E se as chaves para entender o mundo estiverem nas mãos de quem o mundo sempre ignorou? Nadia Yala Kisukidi e Alex Ratts, biógrafo da Beatriz Nascimento, nos conduzem em uma jornada para resgatar o trabalho intelectual das mulheres negras, mostrando sua contribuição essencial – e sistematicamente apagada – para o pensamento social global. Esta conversa conecta saberes diaspóricos e feminismo, com a realidade afro-brasileira, revelando insights poderosos sobre identidade e resistência anticolonial. Um diálogo necessário para amplificar vozes, fomentar a troca cultural e inspirar iniciativas que corrijam essa invisibilidade. Uma celebração do pensamento feminino negro como força motriz para a justiça e a transformação


20h30-22h| Viaduto de Madureira | Parceria | Arquipélago Glissant

O QUE A LITERATURA PODE FAZER QUANDO NÃO PODE MAIS FAZER NADA?

Conceição Evaristo e Patrick Chamoiseau

Mediação: Alan Miranda


E quando as palavras são tudo o que nos resta para reencantar o mundo? Nesta conversa, Conceição Evaristo e Patrick Chamoiseau partem da filosofia de Édouard Glissant para explorar o poder de fogo da literatura. Como as ideias de "arquipélago" e "crioulidade" soam no Brasil, um país de muitas cores e profundas feridas raciais? Chamoiseau, grande divulgador de Glissant, e Evaristo, mestre em tecer memória e identidade, mergulham nesse debate. Eles mostram como a figura do “crioulo” no Brasil complica e fortalece a noção de negritude aqui, e como a escrita pode ser um ato de reparação. Esta mesa é um convite para imaginar, através da poética das relações, futuros radicalmente novos para as pessoas negras nas duas margens do Atlântico.



23h30-1h30| Viaduto de Madureira | Parceria | Monde En Vues


AKIYO

AKIYO é um grupo que reúne milhares de pessoas nas ruas durante o período do Màs, o carnaval.No palco, conta com mais de 18 integrantes em grandes apresentações. Fanswa Ladrezeau lidera a dinâmica do movimento e na Flup apresenta o projeto inédito "Énewjika", um projeto que pulsa ao ritmo do KA, das memórias caribenhas e da espiritualidade dos afrodescendentes. Com "Énewjika", ele questiona as raízes, as rupturas e os renascimentos que fundamentam nossos lugares, tantas vezes chamados de insulares.


00h30-1h30| Viaduto de Madureira | Parceria | Festival de Madureira

AWURÊ


O grupo musical “Awurê” criado em 2018 em Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, tem como objetivo evidenciar os ritmos brasileiros e sons africanos. Seu trabalho destaca a diversidade de sons e o respeito ao sagrado como forma de preservação da memória e resgate da identidade através da cultura e ritmos em diáspora.


AKIYO

AKIYO é um grupo que reúne milhares de pessoas nas ruas durante o período do Màs, o carnaval.No palco, conta com mais de 18 integrantes em grandes apresentações. Fanswa Ladrezeau lidera a dinâmica do movimento e na Flup apresenta o projeto inédito "Énewjika", um projeto que pulsa ao ritmo do KA, das memórias caribenhas e da espiritualidade dos afrodescendentes. Com "Énewjika", ele questiona as raízes, as rupturas e os renascimentos que fundamentam nossos lugares, tantas vezes chamados de insulares.


Dia 22/11 (Sábado)


14h-15h30| Viaduto de Madureira | Parceria | Etonnants Voyageurs e União Europeia

MAPAS DO EU: ESCREVER A PRÓPRIA TERRA

Ananda Devi, Ghayat Almadhoun e Olinda Tupinambá Mediação: Evandro Luiz da Conceição


Quando o seu corpo é um território em disputa, escrever torna-se um ato de soberania. Ghayat Almadhoun (Palestina), Olinda Tupinambá (Brasil) e Ananda Devi (Ilhas Maurício - Oceano Índico) se encontram para explorar como a literatura dá voz ao deslocamento e à resistência cultural. Suas histórias, que passam por campos de refugiados, florestas ancestrais e ilhas oceânicas, revelam como a escrita pode preservar o que está sob ameaça e sonhar novos mundos possíveis. Eles refletem sobre o direito ao retorno, a reconexão com a terra e a luta contínua dos povos originários. Uma conversa poderosa sobre como a palavra é usada para cartografar a existência e garantir o direito de pertencer.


16h| Viaduto de Madureira | Parceria | Etonnants Voyageurs

OLHAR É TAMBÉM UM ATO POLÍTICO

Olivier Marboeuf e Itamar Vieira Junior Mediação: Nadia Yala Kisukidi


Quem define o que é uma "boa imagem"? E quem essa definição silencia? O curador francês Olivier Marboeuf e o escritor brasileiro Itamar Vieira Junior se unem para desmontar os cânones coloniais que ainda ditam nossa cultura. Esta conversa é um mergulho no poder (e no perigo) das representações. Eles partem de um questionamento direto: as instituições estão dispostas a redistribuir não apenas espaços, mas o próprio poder de decidir o que é arte e conhecimento? Ao conectar França e Brasil, eles exploram como a emoção, a autoria coletiva e novas pedagogias podem ser ferramentas para imagens que, de fato, nos libertem. Uma reflexão necessária sobre como olhar é também um ato político.


18h| Viaduto de Madureira | Parceria | Etonnants Voyageurs

SOMOS O SONHO DE NOSSAS MÃES

Yanick Lahens e Conceição Evaristo

Mediação: Maria Eduarda Nascimento


E se o mapa do Atlântico Negro fosse redesenhado pelas mãos das mulheres? Neste encontro histórico, que acontece pela segunda vez nos palcos da Flup, Yanick Lahens e Conceição Evaristo respondem a essa pergunta. Elas constroem, a partir da intimidade e dos saberes das margens, uma nova região do mundo: a do pensamento e da escrita de mulheres negras. Esta conversa restaura a transmissão quebrada pela história, celebrando as redes e genealogias femininas que foram esquecidas. Elas mostram como a criatividade e a organização das mulheres são ferramentas de sonho e de esperança, capazes de criar utopias concretas. Um diálogo para completar a história, mostrando que o futuro da diáspora é indissociável das vozes que sempre o imaginaram.


20h-21h30| Viaduto de Madureira | Parceria | Etonnants Voyageurs

OS SABERES DAS BEIRAS

Michael Roch e Geni Nunez

Mediação: Audrey Celestine


Como construir novos mundos com as ferramentas da arte? O pensador Michael Roch e a psicóloga e ativista indígena Geni Nunez se unem para mostrar que a criação é um ato político. Em seu trabalho, eles usam a ficção, os afetos e os saberes das beiras para desafiar noções rígidas de tempo e identidade, abrindo espaço para epistemologias alternativas. Este diálogo é um convite para repensar as realidades sociais a partir de "outros espaços", aqueles que existem além do cânone ocidental. Uma troca inspiradora sobre como a criatividade pode ser a chave para imaginar e forjar futuros baseados no entendimento e na justiça.


00h-5h| Viaduto de Madureira

Baile Charme


Dia 23/11 (Domingo)


14h-15h30| Viaduto de Madureira | Parceria | União Europeia

A HERANÇA COLONIAL NA NOSSA MESA E NO NOSSO CLIMA

Malcom Ferdinand e Audrey Pulvar

Mediação: Andreia Coutinho


A forma como comemos, vivemos e habitamos o planeta carrega uma herança colonial. Nesta mesa, o pensador Malcolm Ferdinand e a jornalista Audrey Pulvar, ambos da Martinica, exploram essa conexão urgente. Eles partem do conceito de “habiter colonial” para mostrar como o colonialismo forjou os padrões de consumo que hoje alimentam a crise climática. A conversa vai além da denúncia: é um chamado para desmontar essas lógicas. Eles discutem como transformar nossos hábitos e lutar por justiça ambiental e climática são formas de reparação necessárias. Um diálogo para entender como a desigualdade do passado ainda determina quem sofre mais com a crise do planeta, e como podemos construir futuros verdadeiramente sustentáveis e justos.


18h - 19h30 | Viaduto de Madureira | Parceria | Etonnants Voyageurs

O QUILOMBO DENTRO DE NÓS: OUTRO LADO DE NOSSAS PELES

Dénétem Touam Bona e Tiganá Santana

Mediação: Brendow Gabriel


Onde a gente encontra refúgio em um mundo moldado pela herança colonial? Neste diálogo, o filósofo Dénétem Touam Bona e o artista Tiganá Santana partem da história dos quilombos para encontrar a resposta. Eles mostram que a fuga não é só um ato do passado, mas uma arte para o presente: uma forma de criar novos espaços de liberdade com a linguagem, a música e o pensamento. A conversa pergunta: que línguas falamos para sermos livres? Como transformar o silêncio em potência? Juntos, eles revelam como a filosofia e a arte podem descolonizar nossos sentidos, ressignificar o tempo e abrir veredas inexploradas para a criatividade e o conhecimento. Uma jornada para descobrir o quilombo dentro de nós.


20h - 21h30 | Viaduto de Madureira

O AMANHÃ SERÁ AINDA MAIS NOSSO

Meryanne Loum Martin e Conceição Evaristo

Mediação: Tatiana Alves


Como construir um futuro com mais vozes, mais corpos e mais poder negro? Neste encontro, a força empresarial de Meryanne Loum Martin encontra a potência literária de Conceição Evaristo. Elas partilham suas jornadas para amplificar as experiências das mulheres na diáspora, mostrando como o conceito de escrevivência transforma a vida em luta e arte. A conversa aborda o desafio de ser “a primeira” em muitos espaços, mas foca na energia coletiva que rompe essa solidão. Suas narrativas não são apenas histórias; são ferramentas para desafiar o passado e afirmar um futuro mais justo. Uma celebração do poder feminino negro que já está moldando o amanhã, aqui e do outro lado do oceano.


23h- 00h30 | Viaduto de Madureira

Majur


Majur é uma cantora e compositora brasileira de Salvador, Bahia, conhecida por sua música que mistura pop, R&B, funk e bases de matriz africana. Sua carreira é marcada por mensagens de diversidade, afeto e autoconhecimento, e por sua forte presença artística, que lhe rendeu participações em grandes festivais como o Lollapalooza Brasil, e a tornou uma figura de representatividade para a comunidade LGBTQIA+ e para pessoas negras.


27 A 30 DE NOVEMBRO


VIADUTO DE MADUREIRA


Dia 27/11 (Quinta-feira)


14h-15h30| Viaduto de Madureira | Parceria British Council e National Poetry Centre

CRIAR COM CORAGEM: QUE NOSSOS FILHOS POSSAM SONHAR

Conceição Evaristo e Patricia Kingori

Mediação: Luciany Aparecida


Como criar filhos e cuidar de uma comunidade em um mundo doente? Como ser mãe diante de tantas catástrofes? Neste diálogo profundo, a força da Escrevivência de Conceição Evaristo encontra a pesquisa de Patricia Kingori sobre poder e desigualdade. Elas partem da vida concreta das mulheres negras para explorar os desafios de proteger a integridade física e mental dos nossos, num contexto de injustiça. Mas a conversa não para no sofrimento; é um farol de esperança. Elas discutem como, mesmo assim, é possível nutrir o sonho nas novas gerações, praticar o cuidado coletivo e forjar estratégias de justiça a partir da nossa própria experiência. Um debate sobre como o ato de criar e proteger a vida é, em si, a semente de um mundo mais saudável.


16h-17h30| Viaduto de Madureira

O BRASIL QUE A GENTE TECE EM FAMÍLIA

Bárbara, Eliana, Paulo e Adriana Alves Cruz

Mediador: Gilberto Porcidônio


A revolução também começa na mesa de jantar. Neste diálogo, os irmãos Alves Cruz transformam a história de sua família em um manifesto sobre o Brasil. Bárbara, Eliana, Paulo e Adriana mostram como a narrativa pessoal, a arte e o cuidado com a comunidade são ferramentas poderosas para mudar o mundo ao nosso redor. Em um momento de grandes perguntas nacionais, eles abrem a casa deles para uma reflexão urgente: como construir um futuro com mais justiça e democracia? A resposta deles, tecida entre gerações, está no exemplo vivo de sua trajetória, que se alimenta das tradições e da força da cultura negra. Uma conversa para quem acredita que a transformação é um ato coletivo, começando pelo nosso lugar mais próximo.


18h-19h30| Viaduto de Madureira

NÃO HAVERÁ LIMITE PARA OS MEUS SONHOS

Carla Akotirene e Audrey Celestine

Mediadora: Maboula Soumahoro


Não haverá limite para os meus sonhos. Esta afirmação radical é o ponto de partida para as pesquisadoras Carla Akotirene e Audrey Celestine. Em um mundo que tenta impor barreiras à nossa existência, elas exploram como podemos escapar do cerceamento mental do racismo e do colonialismo para reivindicar o direito pleno de imaginar. A conversa é um combate à raiva e um exercício de futuros descolonizados. Elas questionam: como criar novas formas de ser e de pertencer, para além da violência racial? Como queremos viver, e não apenas sobreviver? Neste diálogo, o sonho deixa de ser fuga e se torna a mais potente prática criativa de libertação.


20h-21h30| Viaduto de Madureira

ONDE A VIDA NÃO SEJA APENAS POSSÍVEL

Dionne Brand e Christina Sharpe

Mediador: Mame Fatou-Niang


O que significa estar “no rastro” da história? Nesta conversa poderosa, Christina Sharpe, com seu conceito de “wake” (que é rastro, vigília e esteira de navio) e Dionne Brand, com sua poesia que recusa o mundo como ele é, nos guiam por uma reflexão urgente. Elas partem da memória diaspórica para pensar as formas de violência e apagamento que persistem, mas também as possibilidades radicais de se viver de outro jeito. Ao conectar esse pensamento com a realidade brasileira, a mesa vira uma oficina de futuros. Elas não só analisam o presente, mas nos equipam para sonhar e construir futuros negros onde a vida não seja apenas possível, mas floresça com justiça e beleza.


00h-1h30| Viaduto de Madureira

Luedji Luna


Luedji Luna é uma cantora e compositora baiana nascida em Salvador, conhecida por sua música que aborda temas como ancestralidade, racismo e feminismo. Formada em Direito, ela usa a música para expressar suas vivências e militações, tendo lançado álbuns como "Um Corpo no Mundo" (2017) e "Bom Mesmo É Estar Debaixo D'Água" (2021), que lhe renderam reconhecimento e indicações a prêmios como o Grammy Latino.



Dia 28/11 (Sexta-feira)


16h-17h30| Viaduto de Madureira

O ROSTO DA LIBERDADE NEGRA NO SÉCULO 21

Jean-Claude Barny e Deivison Faustino

Mediador: Elisiane dos Santos


Como se constrói a libertação negra hoje? Quais são seus contornos, suas estratégias e suas novas linguagens? Neste diálogo transatlântico, o cineasta Jean-Claude Barny (Guadalupe) e o pesquisador Deivison Faustino (Brasil) unem suas expertises para responder a essa pergunta urgente. Eles partem de uma análise das "pós-vidas do colonialismo", os rastros da opressão que ainda moldam nossa realidade, para investigar as lutas atuais por justiça racial. A conversa é um convite para recuperar histórias apagadas, enfrentar o racismo sistêmico e, o mais importante, forjar ferramentas concretas para imaginar futuros de empoderamento e solidariedade. Uma reflexão poderosa sobre os caminhos da liberdade, do Brasil à Europa.


19h| Viaduto de Madureira

NAVEGANDO O AFETO: ATRÁS DE UM PORTO SEGURO

Alexis Pauline Gumbs e Jeferson Tenório

Mediação: Geovani Martins


Como navegar um oceano de saudades para encontrar um porto seguro? Nesta conversa, Alexis Pauline Gumbs e Jeferson Tenório tomam o leme do Atlântico Negro para contar uma nova história: uma escrita pela perspectiva negra. Eles celebram as vozes e memórias da diáspora, refletindo sobre como a errância e a perda também podem nos levar de volta para casa. Esta é uma viagem íntima de resgate. Juntos, eles fazem com que as histórias submersas ressurjam, não como fantasmas, mas como alicerces para futuros radicalmente novos. Um diálogo para quem acredita que a maior força da diáspora vem da memória tatuada no corpo.


20h-21h30| Viaduto de Madureira | Parceria | União Europeia, British Council e National Poetry Centre

GIRA DE CINEASTAS: O FILME COMO SEMENTE DE COMUNIDADE

Steve McQueen encontra Gabriel Martins, Safira Moreira, Dione Carlos, Grace Passô, Juliana Vicente e Patricia Kingori

Mediação: Janaína Oliveira


Em uma roda de conversa, o olhar singular do cineasta Steve McQueen se encontra com a diversidade de vozes do cinema brasileiro. O tema central é a força coletiva da imagem em movimento: como o ato de filmar pode ser um gesto de cuidado com a memória e uma ferramenta ativa para tecer comunidades? Esta não é uma palestra, mas uma gira de ideias. Uma troca sobre como as lentes podem arquivar não só o que foi, mas também ajudar a imaginar e a construir o que queremos ser, todo mundo junto.


00h-1h30| Viaduto de Madureira

Mart'nália


Mart'nália é uma cantora, compositora e instrumentista brasileira, filha de Martinho da Vila e Anália Mendonça, nascida no Rio de Janeiro. Ela iniciou sua carreira fazendo backing vocals para o pai e, a partir dos anos 90, estabeleceu-se como artista solo, tocando em bares, casas noturnas e teatros. Seu estilo mistura samba com MPB, e ela ganhou reconhecimento internacional e dois Grammys Latinos.


Dia 29/11 (Sábado)


14h-15h30 | Viaduto de Madureira

EM NOME DE MÃE: REINVENTANDO HERANÇAS

Conceição Evaristo e Zahy Tentehar

Mediação: Sandra Benitez


Elas levam o futuro nos ombros como uma promessa. Neste diálogo, Conceição Evaristo e Zahy Tentehar partilham o ato poderoso de recusar um destino pré-moldado pelo racismo e pelo colonialismo. Ao dizer "não", elas reiventam suas próprias heranças. Falando como uma mulher negra e uma mulher indígena, elas mostram que a cura para as dores do passado está na arte, na memória viva e na força da comunidade. Sua conversa é uma semente de um país menos cínico, lembrando que o futuro começa quando paramos para ouvir umas às outras, a sabedoria da terra e os sussurros que a história não conseguiu apagar.


15h30-17h| Viaduto de Madureira

OS NÓS EM NÓS: CURAR A MENTE, LIBERTAR O CORPO

Thamy Ayouch e Isildinha Baptista Nogueira

Mediação: Érico Andrade


Como curar as feridas que o colonialismo deixou na nossa psique? Neste diálogo urgente, a psicanalista Thamy Ayouch e a pensadora Isildinha Nogueira partem de Frantz Fanon para investigar a construção da identidade e a subjetividade negra. Ayouch propõe uma psicanálise "queerizada" e descolonial, enquanto Isildinha traz a memória e a arte afro-brasileira como antídotos. Juntas, elas perguntam: como o corpo e a mente colonizados podem se libertar da violência, mesmo hoje? Como receber Fanon, no seu centenário de nascimento, no Brasil de 2025? Uma conversa para desatar os nós invisíveis que a história amarrou em nós, abrindo caminho para futuros de justiça e criatividade.


17h30-19h| Viaduto de Madureira | Parceria | Instituto Cervantes e União Europeia

A DIÁSPORA EM MADUREIRA: AS HISTÓRIAS QUE DEVEM SER FOTOGRAFADAS

Johny Pitts e Lúcia Mbomio

Mediação: Emílio Domingos


Da Espanha ao Reino Unido, passando pelo coração do Rio de Janeiro: o que as lentes negras da diáspora estão capturando? Nesta mesa, os fotógrafos Johny Pitts e Lucía Mbomio partilham seus olhares sobre raça e pertencimento, mostrando como a imagem constrói pontes entre realidades distantes. Em um diálogo situado em Madureira, bairro de resistência negra, eles mostram como a fotografia desafia estereótipos e conta as histórias que precisam ser vistas. Através do seu compromisso com a justiça, eles revelam como uma foto pode, onde as palavras falham, iniciar uma revolução de entendimento.


19h30-21h| Viaduto de Madureira | Parceria | Instituto Cervantes e União Europeia

A ARTE CONVOCA O REENCANTAMENTO DO MUNDO

Fred Kuwornu e Laurent Léger-Adame

Mediação: a definir


A arte pode nos tornar inteiros novamente? O cineasta Fred Kuwornu e o fotógrafo e documentarista Laurent Léger Adame partem dessa pergunta para uma conversa comovente sobre o poder reparador da criação. Eles exploram como o cinema e a literatura podem resgatar histórias apagadas pela violência do tempo e das instituições. Diante de traumas do passado e do presente, qual é o verdadeiro alcance da arte? Ela pode, de fato, restaurar o que foi perdido? Esta mesa é um mergulho nos limites e nas possibilidades infinitas do discurso artístico como um instrumento de reconstrução de memórias, identidades e futuros. Um diálogo sobre usar a criação como um ato de cura coletiva e reencantamento.


00h-05h| Viaduto de Madureira

Baile Charme

com participação de Sandra Sá


Sandra Sá é uma cantora, compositora e atriz carioca, nascida em Pilares, em 1955, conhecida como a "rainha do soul brasileiro". Cresceu imersa na cultura do Movimento Black Rio e estreou na música quando sua composição "Morenando" foi gravada por Leci Brandão em 1978. Ganhou notoriedade nacional no festival MPB 80 da TV Globo com "Demônio Colorido" e lançou seu primeiro álbum solo de sucesso nesse mesmo período.


Dia 30/11 Domingo)


14h-15h30| Viaduto de Madureira | Parceria | União Europeia

ESTRANGEIRO NA SUA PRÓPRIA TERRA

Cacique Valdelice e Cristina Roldão

Mediação: Renata Tupinambá


O que une a luta de um povo indígena por seu território no Brasil e a de uma comunidade negra por pertencimento na Europa? Neste diálogo urgente, a Cacique Valdelice e a pesquisadora Cristina Roldão exploram uma dolorosa semelhança: a experiência de ser tratado como estrangeiro na própria terra. Seja pela falta de um documento, pela violência do Estado ou pela barreira da imigração, o sentimento de desenraizamento é uma ferramenta de opressão. Juntas, elas constroem uma ponte de solidariedade entre essas lutas, mostrando como a defesa dos direitos coletivos e o cuidado com o planeta são a base para criar comunidades verdadeiramente acolhedoras, para além de todas as fronteiras. Os povos originários são raízes que respiram entre a adversidade, como um belo manguezal.


16h-17h30| Viaduto de Madureira | Parceria União Europeia

DESMONTANDO O RACISMO ESTRUTURAL: PARA QUEM SERVE ESSA TEORIA?

Cida Bento e Maboula Soumahoro

Mediadora: Alexis Pauline Gumbs


O que o racismo estrutural tem a dizer sobre o Brasil e as Américas hoje? Quem precisa ouvir sua mensagem? As pensadoras Cida Bento e a Maboula Soumahoro, ambas profundas conhecedoras da história da escravidão e da resistência negra, partem dessas perguntas para um debate necessário. Elas exploram os novos caminhos e os grandes desafios dessa teoria, investigando sua potência como ferramenta pedagógica e política. Essa é a ferramenta certa para desfazer o "pacto de branquitude" e construir um novo lugar para todos? Um diálogo para quem quer ir além da superfície no combate ao racismo.


17h30-18h30| Viaduto de Madureira

UM MAPA DE FUGA DO PENSAMENTO ÚNICO

Conceição Evaristo e Denise Ferreira da Silva

Mediação: Fernanda Rodrigues de Miranda (USP)


Neste encontro histórico, duas das maiores vozes do pensamento contemporâneo brasileiro, Conceição Evaristo e Denise Ferreira da Silva, se encontram no Viaduto de Madureira. Da escrevivência que narra a vida concreta das margens, à filosofia radical que desmonta os alicerces coloniais do mundo, elas traçam um mapa de fuga do pensamento único. Este diálogo íntimo e potente pergunta: como a literatura e a filosofia, juntas, podem tecer novos futuros e reencantar o mundo? Uma conversa para quem acredita que a liberdade é um projeto que começa no território e se expande sem fronteiras, irradiando do coração do subúrbio carioca para o mundo.


19h-20h30| Viaduto de Madureira

IMAGINAÇÃO PARA DECODIFICAR PROMESSAS TECNOLÓGICAS

Ruha Benjamin e Silvana Bahia

Mediação: Janaína Damasceno


E se Inteligência Artificial, que sabemos não ser neutra, estiver apagando nossas histórias? Nesta conversa urgente, a pensadora Ruha Benjamin e a ativista Silvana Bahia desvendam como os algoritmos, linguagens generativas e os arquivos digitais podem reforçar o racismo e a desigualdade. Elas partem de um questionamento direto: contra a branquitude da “biblioteca digital” das IAs, quem decide o que é visto, lembrado ou apagado? Juntas, elas não só denunciam o problema, mas investem na imaginação para criar tecnologias inclusivas. Um diálogo para quem acredita que a justiça social também se conquista nos códigos, nos dados e na luta por uma memória digital que nos represente.


22h30-00h| Viaduto de Madureira

Atração surpresa

 
 
 
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