
PROGRAMAÇÃO
19 DE NOVEMBRO
VIADUTO DE MADUREIRA
18h - 18h45
Abertura da Exposição “Fanon, revolucionário anticolonial: um programa de desordem absoluta”
Curadoria de conteúdo: Handerson Joseph e Sílvia Capanema
Cenografia: Anderson Dias
No centenário do psiquiatra e pensador negro martinicano e naturalizado argelino, Frantz Fanon (1925-1961), autor de “Pele negra, máscaras brancas” e “Os Condenados da Terra”, a Flup traz para Madureira uma exposição sobre a vida, a obra e o legado do militante e intelectual anticolonial e antirracista. Através de documentos, imagens e textos, alguns ainda inéditos no Brasil, propomos uma imersão no universo fanoniano, para pensar o presente e o futuro, numa conexão entre as periferias do mundo e “os condenados da terra” de hoje.
Para Fanon, a descolonização deve ser “um programa de desordem absoluta”, um processo de ruptura do qual emerge uma nova humanidade, um novo mundo, sem as hierarquias, racismos, opressões e violências da ordem colonial. A partir dessa proposta, o projeto Códigos Negros, realizado pela Olabi, utiliza a inteligência artificial como ferramenta de criação de obras que pensam um novo mundo possível e necessário, para onde Fanon nos convida.
Intervenção Digital “Códigos Negros: Revolucionar imaginários de libertação a partir de Frantz Fanon.”
Curadoria: Sil Bahia e Yasmin Menezes
Quatro artistas negros de diferentes regiões do país apresentam obras inéditas de arte digital na Festa Literária das Periferias (Flup), em novembro, sob o Viaduto de Madureira, no Rio de Janeiro. A intervenção integra o projeto Códigos Negros, iniciativa do Olabi.
Nesta edição, o Códigos Negros se inspira na obra “Os condenados da Terra”, de Frantz Fanon, para pensar libertação, cura e reexistência a partir das linguagens tecnológicas. As criações de Guilherme Bretas (SP), Ilka Cyana (BA), Poliana Feulo (RJ) e Walter Mauro (BA) serão exibidas em quatro telões de LED instalados no viaduto, transformando o espaço urbano em uma galeria a céu aberto, um gesto simbólico e inédito que leva a arte digital negra para o coração da cidade.
A ideia é tensionar as fronteiras entre o humano e o digital, e refletir sobre como as tecnologias podem servir à imaginação de futuros antirracistas. “Queremos mostrar que a tecnologia também é território de disputa simbólica. Quando artistas negros e periféricos criam a partir de suas vivências e referências, eles reprogramam as imagens que o mundo costuma projetar sobre eles”, afirma Sil Bahia, codiretora executiva do Olabi.
19h - 19h45 | Viaduto de Madureira
Abertura Institucional
A Flup encontra os parceiros que acreditam em Ideias para Encantar o Mundo e tornam possível essa grande festa.
20h - 20h30 | Viaduto de Madureira
Performance artística Ziel
Ziel Karapotó é multiartista, curador e cineasta. Atua entre as linguagens da arte contemporânea e os saberes tradicionais. Também participou da 60ª Bienal de Veneza (2024), foi indicado ao prêmio PIPA 2024, realizou sua primeira individual na Europa em 2025 e desenvolve projetos curatoriais em museus e festivais indígenas.
20h30 - 22h | Viaduto de Madureira
O SONHO DE NOSSOS HERÓIS, QUE PRECISAMOS MANTER VIVO
Conceição Evaristo e Mireille Fanon
Mediação: Mame-Fatou Niang
Às vésperas do Dia da Consciência Negra, a mesa de abertura da Flup 25 reúne a força literária da Escrevivência de Conceição Evaristo e a lucidez política de Mireille Fanon. Será um encontro histórico: a filha de Frantz Fanon, um herói internacional do sonho de liberdade, e a escritora homenageada do festival, que, como Zumbi dos Palmares, mantém vivo o brilho das ideias que reencantam o mundo. Elas celebram os heróis que nos inspiram a sonhar e a resistir, conectando as lutas do Brasil e do Caribe e honrando os lugares de onde brotam novas formas de bem viver. A conversa vai explorar o poder transformador de conhecer nosso passado e honrar a memória daqueles que vieram antes de nós.
22h45 - 23h45 | Viaduto de Madureira
”Concerto para Conceição"
Jonathan Ferr e Trio de Cordas
Jonathan Ferr é um pianista e compositor nascido e criado em Madureira que ficou conhecido por criar o "urban jazz", um gênero que funde jazz com outros estilos musicais, como o hip-hop, funk carioca, rap, soul e música eletrônica. Seu trabalho busca desmistificar a imagem elitista do jazz e aproximá-lo das origens populares, abordando ancestralidade, espiritualidade e questões sociais. É reconhecido como um dos principais nomes do afrofuturismo brasileiro.





